O momento de Kaio Jorge com a camisa do Cruzeiro é iluminado. O atacante é o artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro, com oito gols, e se firmou como principal nome da Raposa sob o comando do técnico Leonardo Jardim. Vivendo grande fase na carreira, o jogador relembra um pouco de suas raízes, que contaram com uma longa agem pelo fustal e com 'broncas' do pai.
Kaio Jorge nasceu em Olinda, Pernambuco, e o pai dele foi jogador do Sport, um dos principais times do estado nordestino. Isso fez nascer no camisa 19 celeste a paixão pelo futebol. Porém, graças ao pai, a brincadeira muitas vezes virava 'coisa séria' e se transformava em treino.
"Ele (pai) sempre me incentivava quando eu estava sem fazer nada em casa, me pegava para fazer fundamentos, ficava enchendo meu saco, puxando minha orelha. Quando eu era pequeno só queria brincar, estava com meus amigos na rua e ele me puxava e falava 'Vamos treinar o fundamento, que é importante. Lá na frente você vai me agradecer'", relatou KJ ao Cruzeiro Cast, produto oficial do Cruzeiro.
Kaio Jorge tem se destacado pela boa técnica e, também, pela agilidade dentro de campo. Questionado sobre de onde vêm todos os recursos que ele usa para vencer as defesas adversárias, o jogador conta que isso vem de seu início no esporte, que não foi nos gramados e, sim, nas quadras.
"Comecei no Náutico, nas categorias de base do futsal, para dar os primeiros os. Eu tinha amigos que jogavam lá na época, fiz um teste e ei. Futsal dá muita agilidade, técnica, fundamento. Acredito que meu gol contra o Vila Nova (pela Copa do Brasil), em que o zagueiro dá o carrinho, eu consigo tirar dele na técnica e fazer o gol. São movimentos rápidos que o futsal proporciona e a gente concilia com o futebol", explica.
Kaio ou boa parte da sua infância no Náutico, mas ao mesmo tempo em que dava tudo nas quadras, sua mente sonhava em ir para os gramados. Como o Náutico ainda não tinha um time de futebol na época, ele decidiu se mudar de clube e ir, exatamente, para o grande rival do Timbu.
"Fiquei seis anos no Náutico, em seguida ei pelo Sport por um ano, que foi a transição do futsal para o campo. Eu saí do Náutico exatamente porque lá não tinha o campo, e eu queria jogar no campo, aprender algo novo. O Sport foi muito importante para mim”, reconhece.